Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

QUE OUSADIA!


Já pretendi mudar o mundo (que ousadia)! Tentei entender sua política, sistemas e ideologias, mas, me decepcionei... Percebi, então, que melhorando a mim mesma a cada dia, estou contribuindo, inevitavelmente, para a construção de um mundo melhor.

Socorro Melo

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SAUDADES

Penso sempre naquele menino, que teve impedida a sua caminhada... Dono de um belo rosto, e de um sorriso encantador. Era alegre, sapeca, destemido, desafiador.
Meu amiguinho só tinha doze anos. Passou meses travando uma luta ferrenha contra o câncer. Foi valente, mas, perdeu a batalha. Uma perda que me marcou profundamente. Por dias pensei na efemeridade da vida, no porquê de mortes assim, tão prematuras.
Já faz tanto tempo. Hoje ele seria um homem. Mas, continua vivo no meu coração, porque a morte não tem o poder de destruir o amor.

Socorro Melo

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SERÁ POSSÍVEL?

Ambiente de pobreza não significa necessariamente ambiente de infelicidade. O que torna o ambiente hostil é o mau exemplo. Como dói saber que existem pais, que são desonestos, e ainda compartilham dessa desventura com os filhos.

Socorro Melo

domingo, 20 de outubro de 2013

PENSE NISSO


A enfermidade, que tanto tememos, é uma possibilidade singular de encontro com Deus. Diante dela, dissipam-se todas as ilusões, e passamos a enxergar a dimensão espiritual da vida.

Socorro Melo

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ESTAMPIDO


Como descrever o que senti? Não encontro palavras que o façam fielmente, mas, vou tentar.
Contei com o elemento surpresa, que não sei se foi positivo ou negativo. Entanto, convenhamos que tenha sido positivo.

A sensação foi horrenda. Nunca havia sentido nada igual. Sabe o que é se sentir no olho do furacão? Penso que deve ser assim.

Estava eu feliz, serena, prestando atenção em algo importante, de valor inigualável, quando de repente, ouviu-se um estampido, atemorizante, ensurdecedor...

Fui tomada por uma sensação de morte. Elevei as mãos à cabeça, instintivamente, e tinha certeza de que a mesma iria se abrir em duas bandas, qual melancia talhada. Tapei os ouvidos, olhei desnorteada à minha volta, abismada, esperando o sangue escorrer por entre os meus dedos. Era o fim. Senti nas mãos, que dos cabelos se desprendia um pó escuro, e fiquei no aguardo do líquido viscoso, que felizmente não veio. Foram minutos intermináveis.

Penso que as vibrações atingiram o máximo de dB(decíbeis) que um ser humano pode suportar... 
Por instantes houve uma chacoalhada dentro da minha cabeça, onde parecia que se chocavam cartilagem, escafa, tímpano, martelo, bigorna, estribo, cóclea e labirinto, numa turbulência vertiginosa de ciclone.

Senti-me desequilibrada. E confesso que só agora descobri que o sistema auditivo é responsável pelo equilíbrio do corpo (acho que perdi essa aula de Biologia).

A causa? A explosão de um fogo a poucos centímetros da minha cabeça.

Não houve ferimentos. Não há sequela aparente, apenas um certo desconforto.

A grata certeza de que a piedade divina, na figura do meu anjo da guarda, está a postos, me alegrou, e a ele dedico uma explosão de merecidos agradecimentos. Valeu, amigão! Obrigada por mais essa. Um dia lhe darei um grande e afetuoso abraço por tanta proteção.

Paz e Bem a todos!

Socorro Melo

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Dentro de cada casulo existe uma crisálida, uma borboleta, se preparando para nascer.

Algumas conseguem, antes de nascer, transpor parte da barreira, e por pequeno furinho, observar o mundo, em que logo, logo, vão viver... E se encantam com a luz do sol, com as flores, seus perfumes e suas cores...

Quem dera, que entre nós, houvesse muitas "borboletinhas" assim, atenciosas, que pudessem enxergar antecipadamente a vida maior, a que somos chamados...

A fé nos garante isso, a certeza da realidade que ainda não se vê. Pensemos nisso. Tenhamos fé.


Paz e Bem!

Socorro Melo

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

TODA VIDA É VIDA


TODA VIDA É VIDA

Que coisa estranha! Se toda vida é vida, por que pensamos que uma vida é melhor que outra vida?

Por que pensamos que os nossos critérios de decidir quem vai viver está correto, em detrimento de quem vai morrer? Quem é nocivo deve morrer, sem piedade, e quem não é, deve viver. Mas, se tudo é vida... Tudo criatura...

Será que quem é nocivo aos nossos olhos, não pode ter sua utilidade? E quem nos parece inofensivo não tenha também sua nocividade?

Ai, que dúvida! Dúvida?

De relance, vi a sombra se mover, numa rapidez vertiginosa. Não deu tempo de ver o que era. Passou-se um dia. Dia seguinte vi, pela segunda vez, mover-se ligeiro, e não tive dúvida, era o que eu pensava.

Preparei as armas. Coloqueia-as a postos. Horas mais tarde ouvi o disparo. Corri ao encontro, achando que o meliante tinha sido pego, mas, para minha surpresa, lá jazia outro, que não deveria morrer, e que me deixou penalizada e com tanto remorso, que fiquei remoendo a questão, e reconsiderando meus valores.

A ratoeira havia capturado um passarinho...

Por que, me perguntei (e ainda me pergunto) posso matar o rato e não me sentir culpada, e sofrer tanto com a morte do passarinho?  Se toda vida é vida...

Por Socorro Melo