Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!


Cedido pela minha amiga Liliane


Queridos amigos e amigas!

Desejo a todos um Feliz Natal! Que a divina misericórdia de Jesus os envolva, os cubra de bênçãos, e que muitas graças sejam derramadas sobre todos, extensivo a suas famílias, em todos os instantes da vida. Que vos dê coragem, paciência, e mais aumenteis a vossa fé, para que atravessem as adversidades que por ventura surgirem no caminho, com equilíbrio, e nobreza de espírito.

Façamos do nosso coração um novo presépio, e que o doce e terno Jesus, nos torne depositários de dons preciosos.

Sou mui grata por esta interação, ao longo de quase dois anos. Pelas palavras de carinho,  de fortaleza, e de incentivo que chegam por aqui, neste abençoado cantinho.

Comunico-lhes que a partir de agora, até dia dez de janeiro, estarei impossibilitada de visitar os amigos, e até de postar, pois, trabalho com atividade contábil, e estamos vivenciando os dias mais trabalhosos da atividade, tendo em vista o encerramento do exercício. Se der, virei por aqui, pelo menos para brindar com vocês, o novo ano. Farei o possível para visitá-los, pelo menos uma vez, neste mês. E deixo-vos esta linda oração:


Oração Por Meus Amigos
Padre Zezinho

Abençoa Senhor meus amigos
E minhas amigas e dá-lhes a paz
Aqueles a quem ajudei
Que eu ajude ainda mais
Aqueles a quem magoei
Que eu não magoe mais
Saibamos deixar um no outro
Uma saudade que faz bem
Abençoa Senhor meus amigos
E minhas amigas. Amém!
Luzes que brilham juntas
Velas que juntas queimam
No altar da esperança
Trilhos que juntos percorrem
Os mesmos dormentes
E vão terminar no mesmo lugar
Aves que vão em bando
Verso que segue verso
Nas rimas da vida
Barcos que singram os mares
Até separados, mas sabem o porto
Onde vão se encontrar
São assim os amigos que a vida me deu
Meus amigos e minhas amigas e eu!
Gente que sonha junto, gente que brinca e briga
E se zanga e perdoa
Um sentimento forte mais forte que a morte
Nos faz ser amigos no riso e na dor
Vidas que fluem juntas, rios que não confluem
Mas vão paralelos, aves que voam juntas
E sabem que um dia, por força da vida não
Mais se verão
Resta apenas o sonho
Que a gente viveu
Meus amigos e minhas amigas e eu!

Pe. Zezinho

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

DEVASTAÇÃO


Imagem do Google


O vento gelado num dia cinzento carrega o clamor.

Na mata fechada, da serra cortante, se ouve o alarido...

E das árvores tombadas, em meio à clareira se ouve o gemido...

E o vento uivante e a mata ferida se prostram de dor.



As chamas ardentes, vermelhas e quentes, que lambem a floresta...

Machucam a terra, espalham fumaça... E queimam por dentro...

O solo tisnado, de cinza se pinta, num grande lamento.

E a vida nativa, faminta, queimada, agora é funesta...



O fumo e o lixo se entulham nas águas, que desolação!

E de tão poluídas se privam as fontes, da sua beleza...

Os rios sucumbem, e carregam nos leitos tamanha impureza...

Oh quanta imundície, que fato tão triste, a destruição!



São somente vítimas, desse descalabro, os seres humanos?

Ou são os agentes, que pela ganância, se tornam insanos?


Por Socorro Melo

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

BONECA DE PANO


Imagem do Google

As mãos calejadas da dócil Maria
Movia tesouras, retalhos deitavam
E a arte esperada tão bem se fazia
Ante os meus olhos que ansiavam
E do nada, aos poucos, o sonho surgia
Das mãos de Maria que ágeis moldavam

Retalhos de cores, poás e listrados...
Sinhaninhas e fitas, viés e botões...
Xadrezes, estampas e lindos rendados...
Colchetes, fivelas, bicos e galões...
Em potes ou cestos tão bem arranjados
Compunham a beleza das criações


E as mãos de Maria bonecas criavam
Morenas ou loiras, a lã decidia
De tiaras e laços os cabelos enfeitava
E de belos modelos também as vestia
E não só as meninas é que se encantavam
Mas também a terna e doce Maria


O mundo era o campo, lá onde morava
E se teve um amor, não sei, não dizia
Seu olhar sereno por vez denotava
Talvez solidão, ou melancolia...
E uma triste canção sempre cantava
Entre os suspiros de nostalgia

E imprimia por certo a sua tristeza
E seu medo contido, e por vezes insano
Nos traços riscados com tanta leveza
Nos detalhes precisos e quase humanos
Nos semblantes sisudos e de muita beleza
Das suas amadas bonecas de pano.


Por Socorro Melo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O IRMÃO DE ASSIS



Nesse fim de semana próximo passado, acabei de ler "O Irmão de Assis", de Inácio Larrañaga. O livro conta a história de Francisco de Assis, de forma suave e poética, sem no entanto suprimir os momentos fortes de sua vida. O autor está de parabéns!

Francisco de Assis, modelo de simplicidade e humildade, tão humano quanto cada um de nós, sujeito a fraquezas e tentações, soube vencer a si mesmo, confiando na nunca desmentida Misericórdia de Deus.

O livro narra a sua história, baseando-se em fontes fidedignas, e retrata a verdadeira face de um homem, que soube despojar-se de toda riqueza, e todos os vícios, por amor ao Amor. É belíssimo. Emocionante.

Além de um grande ser humano, uma grande alma, Francisco foi também um grande poeta. Por isso tornou-se um ícone Universal.

Impressionei-me com vários trechos do livro, mas, o que abaixo transcrevo, me tocou fortemente, pela doçura e gentileza, com as quais ele define as mulheres. Francisco de Assis, um cavaleiro de Cristo, foi também um grande cavalheiro. Vejam:

“Oh! A mulher... É o mistério mais excelso da terra. Elas sentem o cheiro da morte, Irmão Leão. As mulheres nasceram para dar a vida e, onde ronda a morte, corporal ou espiritual, desde os tempos mais remotos, elas tiram energias para defender-se como feras. Sem a mulher, a vida se extinguiria. A mulher, Irmão Leão, está sempre em contato com a terra e a vida. E não te assustes com o que vou dizer: Deus, por ser fonte da vida, está mais perto da mulher, e ela mais perto de Deus. Sem o saber, elas são um pouco a verdadeira efígie de Deus. Lembro-me da grande senhora que foi minha mãe... E não te escandalizes com o que vou dizer, mas, continua escrevendo: desde que conheci os mares profundos de minha mãe, sinto sempre a tentação de chamar Deus de Mãe “

São Francisco de Assis

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CANÇÃO DO DIA DE SEMPRE



                                                                            

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana




Imagem do Google: Fernando de Noronha - Pernambuco - Brasil

terça-feira, 29 de novembro de 2011

FELIZ BODAS DE OURO!!!


Parabéns, meus queridos!!!


Um olhar furtivo
No tempo perdido...
Quem sabe um sorriso
Ou um tímido aceno
E o encontro se fez
Com toda magia
E juntos
Luiz e Maria
Se deram as mãos...

E alçaram vôo
Pelo infinito
Cheios de esperança
De dias bonitos
Que estão na lembrança
Corações pulsantes
E confiantes
Na eterna beleza
E sabedoria
Da vida

Mas no mar bravio
Também naufragaram
E muito sofreram
E tanto choraram
Mas o sol nascia
A cada novo dia
Para os ensinar
O imenso valor
De recomeçar

E num belo dia
De muita alegria
Chegaram os botões
E também as flores
De todos os cheiros
De diversas cores
O canto e a alegria
Que Luiz e Maria
Inebriados
Viveram por eles
Os seus amores

E juntos no tempo
Unidos estão
Ainda sonhando
Sofrendo e amando
E guardando o tesouro
No coração
Do segredo da vida
Da feliz doação
Da doce acolhida
Que juntos fizeram
Esses anos de ouro.

Na missa de ação de graças 
 
Sábado, dia 26 de novembro, comemoramos alegremente as Bodas de Ouro dos meus queridos pais. A emoção desse momento foi ímpar. É muito gratificante, por todos os motivos, sabê-los conosco, e poder partilhar de uma vivência pautada na simplicidade e no amor. A festa foi singela, assim como são eles, e como é toda nossa família, mas, especial. Foi regada a preces, e agradecimentos a Deus, a sorrisos, contentamentos, mas também não faltou o tradicional bolinho e a bagunça da criançada. Eles ficaram radiantes, e era perceptível a felicidade em que se encontravam.
Sou mui grata a Deus por esse dia, e por essa bênção, e privilégio, de partilhar com meus queridos pais, um momento tão significativo, pra todos nós. Obrigada, Senhor! 

Nossa família (ou melhor, parte dela)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

REFLETINDO



Faça o melhor uso do momento presente para se tornar consciente da divindade latente em tudo. Quando morrer, você não deve morrer como um animal ou um verme, mas como um homem que percebeu que é um Deus.

- Sahtya Sai Baba -

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

DESCONSTRUINDO O AMOR


Imagem do Google


Pra desconstruir o amor
É bastante não regá-lo
E de atenção privá-lo
Infligindo-lhe grande dor

Não dá carinho ao que ama
Ou abraços que aconchegam
Que por mais simples que sejam.
Reacendem a forte chama

Desprezar é importante
Pois mina-lhe a esperança
E lhe imprime na lembrança
Uma angústia lancinante

Não se ter gestos amáveis
Não lhe dá flores também
Sorrisos não lhe convêm
São fúteis e descartáveis

Dê-lhe rotina pesada
Sem graça, sem emoção...
Que por certo o coração
Não suportará a jornada

Se depois de tudo isso
O amor manter-se inteiro
É um amor verdadeiro
Tome, pois, você, juízo.

Por Socorro Melo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LUNAR

Imagem do Google

Oi, gente!

              Acolho a todos os meus seguidores e amigos, principalmente os novos, que estão se achegando agora, com todo o meu carinho. Sejam sempre bem vindos!

              Dedico-vos este singelo poema.

LUNAR 

Quando permito que no meu coração
Rebentem frutos amargos e vis
De angústia e medo se turva a emoção
E eu minguo à mercê da escolha infeliz

Mas, se busco crescer e, portanto, arrancar
Do meu coração toda erva daninha
Bem logo ele bate e se põe a espalhar
Fecundas e doces, gentis sementinhas.

E qual lua que esconde a face visível
Expondo a oculta toda iluminada
Também me renovo e me torno sensível
E me encho de luz para a caminhada.

E cheia de amor, e de paz, quero crer...
Que se torna mais leve a travessia
Pois ter muitos motivos para viver
É decerto sinônimo de sabedoria!

Por Socorro Melo

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UMA ROSA PARA WELZE


Imagem do Google
Tamanha foi minha surpresa, quando ao voltar das férias, visitei o Blog Gostosuras sem Travessuras, para ter notícias, e tomei conhecimento da passagem da nossa querida Welze. Fiquei triste, e emocionada.

É interessante como os amigos virtuais são tão reais, tão presentes, apesar da ausência. Aprendemos a admirar e a gostar de cada um, pelo que escrevem, pelas impressões que nos transmitem. Conhecemos os pensamentos, a essência de cada um, talvez mais até do que os amigos reais, que fisicamente estão por perto. Assim foi com Welze.

Welze é sinônimo de alegria, de bom humor, de senso de justiça, de respeito e atenção ao outro. Sempre veio ao meu encontro com uma palavra carinhosa, de incentivo, ou me presenteou com boas risadas. Jamais esquecerei suas histórias engraçadas.

Amou na vida, e foi muito amada. Valorizou as pequenas coisas, como a sua pitangueira em flor, e os passarinhos que nela faziam ninhos. Jamais a esquecerei, nem das bonitas lições de vida que tão ternamente nos deu. Sei que lutou até o fim, foi guerreira, mas, chegou a hora em que Papai do céu precisou dela lá, para tornar ainda mais alegre aquele ambiente. Adeus, Welze! Foi fantástica a nossa interação.

EFEMERIDADE


Eu sei o que sou
Só um grito que passa
Uma nuvem que dança
E que logo esfumaça
Sou um sopro de vento
Um fugaz pensamento
Sou do sonho a alegria
Sou a doce magia
De um feliz despertar
Sou a pura ilusão
Sou do tempo a fração
Sou a gota de orvalho
Que balança a brilhar
Sou o floco de neve
O momento mais breve
A carícia da brisa
Da centelha o clarão
Sou sutil passageira
Sou impermanente
Qual instante presente
Que por fim me eterniza.

Socorro Melo

Este post é dedicado a amiga Welze, do Blog http://gostosurassemtravessuras.blogspot.com/

terça-feira, 8 de novembro de 2011

EUROPA: UMA LINDA EXPERIÊNCIA DE VIDA

Praça de São Pedro - Vaticano


Olá, meus amigos! Estou de volta.

E feliz por retomar minha rotina, e entrar neste universo virtual, em busca de cada um de vocês, que fazem parte da minha vida.
Senti saudade de todos, e de cada um em particular. Por vocês elevei as minhas preces, para que juntos, semeemos a paz e as boas virtudes na blogosfera.
As férias? Vou defini-las em uma palavra: ABENÇOADAS. Foram dias maravilhosos. De tudo, só não consegui descansar, mas, como dizia alguém: terei a eternidade inteira pra isso (rs).
Gente, conhecer um pouquinho de Portugal e Itália foi uma experiência incrível. Vi tanta beleza na arquitetura antiga, tantos monumentos, que impressionam ainda mais pelo significado histórico, tantas obras de arte, entre pinturas e esculturas, que me reportaram a genialidade dos seus autores. Foi fantástico ver a La Pietá, esculpida por Michelangelo, toda em mármore de carrara, na Basílica de São Pedro, e os afrescos de Giotto, na Basílica de São Francisco.
Minha excursão foi uma peregrinação, e por isso tive o prazer e a honra de visitar santuários belíssimos, como a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, a Igreja de São Jerônimo, em Lisboa, a Basílica de Santa Clara e de São Francisco, em Assis, de Santa Rita, em Cascia, de São João de Latrão, em Roma, e de São Pedro, no Vaticano, entre outras.
Vi com meus próprios olhos o Coliseu, a Fontana de Trevi (até joguei a moedinha, como manda a tradição, rs), o Panteum, o Circo Massimo, o monumento erguido em homenagem a Vitor Emanuel II (o famoso bolo de noiva, como carinhosamente chamava a nossa guia), as ruínas, os obeliscos, as fontes de Roma, a Torre de Belém e um lindo monumento em homenagem aos navegadores portugueses, em Lisboa. Também vi um lindo amanhecer, o sol saindo e iluminando as águas do Rio Tejo(em Lisboa). E o Rio Tibre cortando a cidade de Roma. Andei pelas ruas de Assis, que é uma linda cidade medieval, com suas ruas estreitas e construções de pedra, seus muros e portões enormes, e onde se respira um ar tão puro, tão impregnado da mensagem de amor deixada por Francisco e Clara, seus personagens mais ilustres. Apaixonei-me por Assisi.
Saboreei os pastéis de Belém. Provei de um bom vinho e de um delicioso bacalhau, no Restaurante Valenciana, em Lisboa. Em Roma provei pizza e nhoque, e tomei sorvete, enquanto admirava a beleza da imponente Fontana de Trevi, à noite. Confesso que estranhei um pouco a comida, mas, gosto do inusitado, do diferente.
Assisti a um a bela apresentação de FADO, no restaurante O TRUÃO, em Fátima, e a um fantástico musical, intitulado Chiara de Dio, em Assis-Itália, onde os efeitos especiais nos arrebataram, diante da beleza e do talento dos jovens atores.
Impressionei-me com a beleza natural que vi entre Assis e Cascia, na Itália. A mistura de cores, nas folhas das árvores, onde o verde, o amarelo e o dourado fazem a festa dos nossos olhos. É deslumbrante. Cascia é uma cidadezinha encantadora, aconchegante, e é onde está situada a Basílica de Santa Rita.
Conhecer um pouco da história de pessoas (falo dos santos e santas), que tão humanas quanto nós, se colocaram à serviço de Deus, e tiveram como objetivo de vida o amor, que lutaram e venceram limitações e tentações, tornando-se sinal de Deus para nós, é de fato maravilhoso. Fiquei emocionada ao ver algumas relíquias, especialmente de Francesco e Chiara, de Assisi, que nos mostram como suas vidas foram pontuadas pela entrega e pela simplicidade.
Ah, mas ir a Roma e não ver o papa, não tem graça, né? Por isso fui participar da hora do Ângelo, que acontece todos os domingos, ao meio dia, e onde ele, o papa, transmite uma mensagem aos peregrinos, e abençoa a cada povo, em sua própria língua. E lá estávamos nós, com nossas bandeiras do Brasil erguidas, tremulando ao vento, e vibramos quando ele dirigiu suas palavras ao povo brasileiro.
Gente, vou parando por aqui, pois, vocês precisam ver tudo isso com seus próprios olhos, e fazer esta maravilhosa experiência de vida.
Realizei um grande sonho, mas voltei com um novo: agora quero conhecer França, Espanha e Grécia. Vou engordar meu porquinho (cofrinho) e daqui a dois anos, se Deus me permitir, voltarei a Europa, pois, já aprendi o caminho. kkkkkkkk.
Obrigada por virem aqui, prestigiar meu (nosso) cantinho.

Assis - Itália
OBS: Postei algumas fotos abaixo (gadget/inferior).

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ENFIM, CHEGARAM AS FÉRIAS!


Imagem do Google


Olá, meus amigos e seguidores!


Ufa! Enfim, chegaram as férias! Confesso que estou precisando mesmo, de um bom descanso... Porém, ainda não consegui descansar, em virtude de tantos afazeres, e de tantas providências que preciso tomar. Mas, estou feliz, e em grande expectativa, pois, na próxima segunda-feira vou realizar a viagem dos meus sonhos, se Deus me permitir.
Essa viagem, que está saindo do projeto para se concretizar, é um sonho antigo. E todos os sonhos que desejo realizar, passam a ser desafios. Costumo alimentar os sonhos, mas, sempre de acordo com a minha realidade, e quando a oportunidade aparece, agarro-a com unhas e dentes.
Passamos tanto tempo de nossas vidas investindo na casa, nos filhos, e vamos esquecendo de nós mesmos, adiando os projetos e os sonhos para um dia qualquer no futuro, quando a vida estiver mais ordenada... E se não houver tempo?
O meu roteiro será Portugal e Itália. Penso que será uma viagem incrível. Conhecerei vários santuários, pontos turísticos e monumentos importantes, que sempre exerceram um grande fascínio sobre mim.
Na volta, lhes conto tudo.
Não tenho tido muito tempo pra blogar, vontade não me falta, mas, a maratona tem sido pesada.
Eu vou e volto, gente. E lembrarei de cada um que marca este cantinho com carinho e atenção.
Não esqueçam de mim, combinado?

Um grande abraço e até a volta

sábado, 15 de outubro de 2011

BCFV - VIDA PARA ALÉM DA VIDA


Este texto é parte integrante da Blogagem Coletiva Fases da Vida, idealizada pelas amigas:

Rosélia do http://espiritual-idade.blogspot.com/
Gina do http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/
Rute do http://publicarparapartilhar.blogspot.com/

BCFV – VIDA PARA ALÉM DA VIDA


“Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que possa imaginar a nossa vã filosofia”.Shakespeare


Discorrer sobre vida para além da morte é adentrar em terreno misterioso. Todas as crenças e filosofias, no meu ponto de vista, são relativas, pois, nada existe de concreto, ou de absoluto, com relação ao assunto. A humanidade se arrasta, desde os mais remotos tempos, à procura de respostas, que assegurem de onde veio, mas, principalmente, para onde vai o homem, depois que seu corpo carnal baixar à sepultura.

Somente pela fé se ousa acreditar na vida após a morte - “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”.Hebreus 11,1.

Durante muito tempo, busquei em diversos autores, pensadores, teólogos, filósofos, poetas, nas escrituras, e na sabedoria do homem comum, uma resposta que aquietasse minha angústia, e atendesse minhas expectativas...

Por vezes me confundi, duvidei, e como um caniço açoitado pelo vento, me curvei, mas, no íntimo do meu ser, sempre existiu uma certeza nata, de que a vida continua, em outra dimensão, desconhecida, mas real. A vida transcende a matéria.

E se transcende, o corpo espiritual vai parar em algum lugar, que não consigo imaginar como seja.

Há muitas doutrinas, muitas correntes de pensamento, que dissertam sobre o que acontece com o espírito após a morte física. Respeito e considero cada uma, porque creio que nenhuma é por si só detentora da verdade. A verdade é Deus, e Ele é universal, e não se submete a delimitações humanas.

Religiões, Filosofias e Correntes espiritualistas... Todas garantem que a vida futura é superior, e afirmam ainda que cada um receberá o seu galardão de acordo com a postura aqui na Terra.

Penso que existe sim, um tratamento diferenciado, no mundo espiritual. Seria grande injustiça uma pessoa que aqui na Terra fez opção pelo mal ter o mesmo tratamento de outra que pregou e viveu o bem.

Creio que existe um lugar ou estado, onde a distância que o espírito se mantém de Deus, pelas próprias ações maléficas, lhe trazem muito sofrimento e desespero.

Também creio que ninguém se perde, razão pela qual não concebo a idéia de inferno eterno, onde existe uma fornalha ardente, e onde Deus queima os seus filhos deserdados pela eternidade afora... Isto seria ato de um déspota, de um tirano, e não de um Deus de amor.  Quem ama corrige, ensina, dá oportunidades, até inflige alguns castigos, mas, nunca seria capaz de um ato monstruoso como este.

E, para os que trilharem pelo caminho do bem, e que fizerem do amor a sua filosofia de vida, doando-se em favor da vida e do semelhante, penso, como diz a canção de Roberto Carlos:

Que além do horizonte deve ter, algum lugar bonito pra viver em paz, onde eu possa encontrar a natureza, alegria e felicidade, com certeza.
E lá nesse lugar o amanhecer é lindo, com flores festejando mais um dia que vem vindo...
Onde eu possa me deitar na relva e ouvir o canto dos pássaros.
Aproveitar a eternidade sem pensar na vida...
Andar despreocupado sem saber a hora de voltar...
Bronzear o corpo todo sem censura e gozar a liberdade de uma vida sem frescura...
Além do horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pra gente se amar...

Creio que a vida para além da vida é superior, é mais justa, mais autêntica... Simples... E lá teremos a oportunidade de viver segundo o que ansiamos tanto viver aqui. E viveremos em fraternidade, e nos reencontraremos com aqueles que nos antecederam. E desenvolveremos todas as nossas potencialidades, inclusive, aquelas que nunca cogitamos possuir.

Somos centelha divina, somos fogo, somos estrelas, e haveremos de continuar na dança do Universo, em alguma galáxia especial nesta vasta imensidão.

Eu creio.

Mui grata as amigas Rosélia, Regina e Ruth, por nos proporcionarem uma verdadeira viagem através das fases de nossas vidas. As reflexões que fizemos ao longo desses oito meses, nos colocaram em confronto com o nosso passado, nos fizeram reconsiderar tantas coisas, rever valores, enfim... Valeu!

Um grande abraço e meus agradecimentos a todos que aqui estiveram, prestigiando este humilde cantinho.

Durante esta semana farei a visita aos Blogs participantes, pois, hoje e amanhã estou impossibilitada.

Paz e Luz!

Socorro Melo

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SALVE, CRIANÇAS!!!


Imagem do Google

INDIGNAÇÃO

É impossível olhar para a humanidade
Sem sentir medo, vertigem ou calafrio
Pois que se vê tanto horror e impunidade
E inocentes sucumbindo ao desvario

Do terror não se poupa nem crianças...
Pois há tantas com os membros mutilados
E mutiladas também são as esperanças
Dessas crianças que têm os sonhos roubados

Pobres crianças, tão pequenas e inocentes...
Que culpa têm da maldade deste mundo?
Que se agiganta e as engole ferozmente
Impondo dor e sofrimento profundos

Além da fome, da seca, da enfermidade...
Que as infligem de tristeza e agonia
No lar enfrentam a grande perversidade
A violência: o monstro da covardia...

Imoralmente no tráfico são inseridas
E presas fáceis da torpe pedofilia
Tão infelizes, inocentes, desvalidas...
Perdem por certo a natural alegria

A trabalhar por vezes são obrigadas...
E se cansadas, não concluírem o serviço...
São rudemente por adultos espancadas
Será que o mundo não enxerga nada disso?

Mas por direito deveriam ser felizes
E aproveitar a tenra idade pra estudar
Pra da vida aprender as diretrizes...
E concorrer para o mundo melhorar

Criança deve ter prazer pela aventura...
E rir alegre ao ver palhaço engraçado
Fazer lambança misturada à travessura
E acarinhar o animalzinho estimado

Deve imitar o seu herói preferido...
Brincar de pega, e também de profissão
Pintar a vida de alegre colorido
Dançar na chuva, e fazer bolhas de sabão...

Que a nossa voz se faça ouvir neste deserto
Pra que possamos vencer a vil arrogância
Que destrói vidas, tanto longe quanto perto...
Desperta, ó gente, vamos socorrer a infância!

Por Socorro Melo

Desejo a todas as crianças um "Feliz dia das Crianças". Que Deus as abençoe abundantemente, e as livre de toda maldade humana.          



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

AS HISTÓRIAS QUE EU CONTO

Meus sobrinhos
     

      Olá, amigo leitor!

       Fico feliz que aqui esteja, seguindo minhas pegadas. Sinta-se à vontade, a casa é sua. É um prazer recebê-lo, sempre.
        E então? Vamos prosear? :o)


     Vez em quando, eu crio contos infantis, e dou aos personagens, os nomes dos meus sobrinhos. Envolvo-os em aventuras inimagináveis, mirabolantes... E permeio as histórias com ensinamentos elementares, de fácil assimilação.
     Meus sobrinhos, e sobrinhas, alvos das minhas histórias, escutam-nas com admirável atenção. Identificam-se de tal maneira que parece que tudo aconteceu, de fato, com eles.
Ao fim das histórias, e ou a cada vez que a elas se reportam, discutem com a mesma euforia, com o mesmo entusiasmo, e brilho nos olhos, encantados com as aventuras vividas por personagens, criados às suas semelhanças.
     Gosto de vê-los refletir sobre as histórias. Enternece-me ver aflorar as suas emoções. Incito, com esta prática, as suas imaginações, e vê-los alegres, sonhando as fantasias proporcionadas pelas aventuras que eu crio, me garantem, sem dúvida, grande satisfação.
     Às vezes brilha uma lágrima discreta nos olhos, se divertem, caçoam uns dos outros, questionam, aplaudem, silenciam, e riem a valer, das situações inusitadas que vão se deparando ao longo da viagem imaginária.
     O meu objetivo é fazê-los pensar, fazê-los felizes, dedicando tempo a algo construtivo, instigando-lhes o gosto pela leitura, pois, a partir dela as suas mentes se abrirão para o conhecimento, mas, principalmente, para a construção sadia de suas personalidades e caráter.
     Implicitamente os faço entender conceitos importantes de responsabilidade, partilha, obediência, coragem, perseverança, respeito pela natureza, pela pessoa humana, enfim, do valor da vida.
     Minha missão como escrevinhadora, já terá atingido o seu clímax, se pelo menos neles, nos meus sobrinhos, eu conseguir deixar uma sementinha, do que eu imagino ser, o nosso objetivo neste planeta: amar, amar, e amar...
     E mesmo que eu esteja muito longe deles, com certeza estarei sempre perto dos seus corações, quando lembrarem das historinhas eletrizantes, que um dia eu os contei, com o intuito de defendê-los do mal, e encaminhá-los para o bem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

IMAGINÁRIO

Imagem do Google


Eu posso cruzar os mares e voar na imensidão!
Deitar em nuvens macias e tocar o sol com a mão.
Posso pintar aquarela e bem compor melodia...
Ouvir o som do silêncio em perfeita sinfonia.


No calor me transformar num vaporzinho invisível.
Descer em forma de chuva de beleza indescritível.
Deslizar no arco-íres, até o pote de ouro.
Colher a prata da lua, e aumentar meu tesouro.

Travar guerras incomuns e aos demônios vencer!
E da força do combate, me iluminar e crescer...
Tremular como uma folha, e me embrenhar na floresta.
E acender as estrelas, quando quero fazer festa.


Dar voltas pelo passado e de saudade chorar.
E espreitar o futuro, sem chances de desvendar...
Neste terreno sagrado, onde germina a paixão...
Onde sonhos e idéias, se convertem em criação...

Um universo fantástico, excelso e misterioso...
Onde posso ser eu mesma, sem máscaras ou fingimento.
Um poder que me foi dado: real e maravilhoso...
Minha centelha divina, meu mundo, meu pensamento...

Por Socorro Melo

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MONÓLOGO

             Imagem do Google

              Oi, gente!

              Tô viva! Ai, mas estou atolada de serviço, até a raiz dos cabelos... Espero que na próxima semana  tudo volte ao normal, e possa retomar as visitas... Me aguardem... Que saudade!
             Como diz a amiga Leci Irene, é semana de fechamento da CÃOTABILIDADE, com algumas inovações, mudanças, e  pequenos transtornos... pra variar.
             Deixo-vos um singelo poeminha:             


MONÓLOGO
Quero ser eu mesma, só por um instante!
Retirar a máscara que me cobre a cara
Jogar fora as vestes, e bem confiante
Me lançar do palco, que a vida me ampara.

Cansei da platéia, da luz, do cenário...
Não quero os aplausos, nem mesmo os papéis...
Papel principal, e mesmo ordinário
Nem script, nem flores, nem mesmo os lauréis.

Só por um instante, não quero ser nada:
Nem mesmo a esposa, ou a mãe dedicada...
Só quero ser eu... Esquecer da atriz...

Só por um instante, de cara lavada...
Viver um monólogo... Compenetrada
E me resgatar... E me congraçar... Para ser feliz.

Por Socorro Melo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

AS MINHAS ILUSÕES - FLORBELA ESPANCA


Pôr do Sol em João Pessoa - PB - Brasil


As minhas ilusões


Hora sagrada dum entardecer
De outono, à beira mar, cor de safira,
Soa no ar uma invisível lira...
O sol é um doente a enlanguescer...

A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!

O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
À flor das ondas, num lençol de espuma.

As minhas ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urnas de oiro,
No mar da Vida, assim... uma por uma...
Florbela Espanca

Desejo aos meus amigos e seguidores, um fim de semana de muita paz! Mui grata por virem aqui! :o)





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

OPÇÃO PELO PRESENTE


Imagem do Google

De que vale ganhar o mundo inteiro e arruinar a vida? Essa indagação, do livro de Mateus no Novo Testamento, merece estar sempre diante dos olhos como um lembrete sobre o que realmente deve ser prioridade na vida.

Em tempos de ambições desmedidas e busca do sucesso e satisfação a qualquer preço, é essencial questionar-se sobre quais valores e princípios estão guiando as decisões tomadas nas esferas pessoal, familiar, profissional e social.

É preocupante perceber o quanto as pessoas andam frustradas, ansiosas, fatigadas e até deprimidas por ainda não terem atingido algum objetivo de vida! Fica a sensação de que a vida não existe enquanto a meta que se almeja não é conquistada. E passam-se dias, meses e anos de angústias e decepções por um futuro que nunca chega.

Enquanto se aguarda o dia de amanhã, deixa-se de viver profundamente o momento presente, com todas suas oportunidades, alegrias, recompensas e desafios.

Vive-se hoje em uma sociedade emocional e espiritualmente doente. A supremacia do ter vai gradualmente corroendo as virtudes transmitidas pelos livros sagrados das tradições religiosas.

O egoísmo e a individualidade são os novos valores grandemente exaltados pela propaganda e pelos inúmeros e degradantes programas de televisão que desprezam por completo qualquer noção que ainda se tenha de dignidade e respeito ao próximo.

Parece que todos são incapazes de viver com simplicidade. Não se encontra mais satisfação em viver apenas com aquilo de que realmente se precisa. O caminho é sempre buscar mais.

Já não basta concluir uma graduação; é necessário colecionar novos e diversificados diplomas. Muitas vezes sem propósito definido que não outro que contentar o ego ou exibir-se em seu meio. Uma casa ou apartamento também não é mais suficiente para abrigar a família. Deseja-se ter mais uma propriedade no campo ou na praia. Em cada residência é preciso que se tenha mais de um aparelho, último modelo, de TV, equipamento de DVD, e outros mimos eletrônicos. O telefone celular transformou-se em objeto de desejo de crianças e adolescentes, num inquietante exibicionismo.

E para possuir tudo isso e muito mais, as pessoas deixam de conviver, de desfrutar da família, dos amigos, da natureza. Utilizam as horas disponíveis para estudar e trabalhar compulsivamente para chegar ao futuro sonhado. E, muitas vezes, nesse caminho esquecem do que é mais importante, do que realmente vale a pena. Deixam passar, sem saber, talvez os instantes mais importantes da vida, sem conhecer a verdadeira riqueza que é optar por viver conscientemente o momento presente!

Ana Emília Baracuhy Cavalcanti

terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM CHÁ DE BELEZA

A espantada aí, sou eu gente... Aff! rsrs


Olá amigos e leitores!

Sábado, próximo passado, fui ao chá de fraldas da amiga Liliane, a madrinha deste Blog. Pois é, a Lili está grávida de novo, rsrs
Foi uma tarde pra lá de divertida... A Liliane nos surpreendeu com os seus dotes artíticos. Fez tantas coisas lindas e gostosas...
Parabéns, amiga! O chá foi sensacional! Que  Deus esteja contigo, e que a chegada de Alice seja bem abençoada.






BEM VINDA, ALICE!

Eu estou sendo esperada
Com muito amor e carinho
E o dia da minha chegada
Se aproxima de mansinho

A mamãe muito prendada
Deu um chá pras amiguinhas
E numa tarde animada
Todas levaram fraldinhas

Houve muitas brincadeiras
Muitos risos e alegria
E a mamãe bem faceira
Distribuiu simpatia




A festa foi decorada
De lilás, branco e rosinha
Ficou muito delicada
Digna de uma menininha

A mamãe fez coisas lindas
Com a ajuda da titia
E as amigas bem vindas
Elogiaram a harmonia

Teve bolas e bonecas
E curiosas prendinhas
E a mamãe bem sapeca
Virou uma palhacinha

Até bolo confeitado
Foi servido nesse chá
Com meu nome desenhado
Para a vida celebrar

Papai não estava lá
No clube da Lilizinha
Homem não gosta de chá?
Ou chá é só pra mocinha?

Eu já estou encantada
Por ter tão bela família
Que me aguarda a chegada
No mundo das maravilhas

Sou uma linda criança
Sou ternura, sou meiguice!
Sou pro mundo a esperança
Olá todos! Eu sou Alice.

Socorro Melo (Tia Côca)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BCFV - MORTE


Este texto é parte integrante da Blogagem Coletiva Fases da Vida, idealizada pelas amigas:

Rosélia do http://espiritual-idade.blogspot.com/
Gina do http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/
Rute do http://publicarparapartilhar.blogspot.com/


TEMA: MORTE

Estou aqui, meio sisuda, meio sem graça, e sem saber por onde começar, pra falar de um assunto que tenho dificuldades...
Bem, enfim, morro de medo de morrer...rsrs
Mas, já que não tenho como reverter essa situação, ou seja, já que não tenho como não morrer, o melhor é ir me acostumando com a idéia, e ir me preparando para o grande dia... GRANDE? É, eu acredito na vida após a morte, e isso é um grande acontecimento, pois sem a morte, nada de vida eterna não é mesmo?
Quando falo sobre este assunto, a morte, me vem à mente duas coisas:
A primeira é uma frase, da qual desconheço o autor, que diz assim: “Não é que eu tenha medo de morrer, eu só não queria estar lá quando isso acontecesse...” Hilário, não? rsrs
A segunda é uma lembrança da infância. Numa aula de catecismo, a catequista nos disse que, tudo que pedíssemos a Deus com fé receberíamos... Mas, frisou que nosso pedido deveria ser consistente, e que não deveríamos pedir absurdos, como, por exemplo, pedir pra não morrer... Fiquei arrasada, pois, era justamente este o pedido que eu já me preparava pra fazer, rsrs
O que me amedronta, quando penso na minha própria morte, é o sofrimento físico. Não penso no que vem depois, com o que vou me deparar, pra onde vou... Nada disso... Penso na agonia, na dor, no sofrimento, causados pela falência dos órgãos... Ui!
Para onde vou, pois acredito que a vida é sublime e grandiosa demais, e não se resume apenas ao que vivemos aqui, penso muito pouco. E quando penso, me sinto confortável, pois a minha fé, é num Deus muito poderoso e sapiente, e que governa com amor... Portanto, eu vou para onde for determinado por Ele, assim como vim parar aqui, e gostei... rsrs
Entretanto, quando penso na morte das pessoas que amo, fico desnorteada, pois, além de pensar no sofrimento que elas vão passar, penso também no que a ausência delas vai significar para mim... Aliás, eu nem gosto de pensar nisso, pois, já me dá um pavor e os olhos marejam...
Confesso, não estou preparada pra isso não. Será que alguém se prepara? O nosso instinto de sobrevivência é forte demais, influi muito, e o meu, sei não, acho que é anormal, rsrs
Eu queria ser forte, encarar melhor a idéia da morte, me preparar melhor... Até que já melhorei bastante, pois, tempos atrás eu nem estaria dissertando sobre este assunto.
Minha mãe tem setenta e seis anos, é saudável, cheia de vida, e é bem consciente. Ano passado ela comprou um terreno no cemitério, para construir o jazigo da família, e fez também um plano de assistência familiar, que cobre todas as despesas funerárias dos associados. No início, nós (os filhos) reclamamos com ela, dissemos que isso era um mau agouro, que não era saudável ficar pensando em morte, mas, como não houve jeito de dissuadi-la, acabamos nos acostumando. Coisas da mamãe! Hoje até já brincamos com o assunto, sobre quem vai inaugurar a propriedade (rs)... Mas, no frigir dos ovos, a única certeza que temos na vida, é a da morte.
Admiro tanto as pessoas que encaram a morte com coragem, apesar da dor e do sofrimento, e às vezes ainda confortam os outros... Aprendi que devemos orar, inclusive por uma boa morte, e sempre faço isso, pois, é uma bênção se entregar em paz nos braços de Deus.
Bem, mas, já que não há outro jeito, e não tenho mesmo como driblar a morte...
Vou ter que ir, não é, gente? Ai, meu Deus! Só espero que essa distância que me separa dela, esteja sendo contada em anos-luz...

Vejam o poema que fiz, sobre este assunto:

AMANHÃ

Sou hóspede do tempo... Gentil passageira
E um dia por certo, terei que ir embora...
Por isso, à vida, eu canto agora!
Pois quem sabe a morte, bem logo me queira...

Mas antes eu quero, me encher de alegria...
Correr pelos prados, na relva deitar...
E pelas estradas, a esmo andar...
Ao sabor da brisa ou da ventania

Guardar do amigo o abraço sincero
E o sorriso mais doce do filho querido
O olhar mais ardente e comprometido
Do meu grande amor... É isso que quero.

Amanhã minha voz não mais se ouvirá
E haverá só silêncio em torno de mim
E uma grande quietude, por dias sem fim...
E meus passos o chão não desenhará

Quero, pois à vida poder celebrar...
Fazê-la intensa, fecunda e repleta...
E deixar meus versos, pois sou poeta,
Quando eu me for, pra não mais voltar...

(Socorro Melo)

Obrigada por virem aqui!

Hoje estou muito atarefada, não sei se vai dar para fazer as visitas, mas, a partir de amanhã, se Deus permitir, visitarei a todos, ok? Um grande abraço!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CORDEL: JOÃO E SOFIA


Imagem do Google

Numa casinha singela
Feita de taipa de mão
Vêem-se flores na janela
Alecrim, manjericão
E uma cortina amarela
Oscilando num varão

No alpendre balançando
Uma rede de algodão
Que devagar vai roçando
O velho cepo no chão
E num prego descansando
Chapéu de couro e gibão

Conforto lá não existe
Tudo é modesto e rude
Mas ninguém por lá é triste
Essa é a grande virtude
E assim se subsiste
Vivendo em solicitude

Uns tamboretes na sala
E um velho lampião
Uma esteira e uma mala
E um radinho de mão
Uma pistola sem bala
Metida num matolão

Enxada, foice e machado..
A um canto de parede
Pote de barro pintado
Com água fresca pra sede
Chapéu de palha listrado
Sobre um armador de rede

Um candeeiro a gás
Colchão de palha e pilão
Moinho de pedra capaz
De triturar muitos grãos
E sobre um velho cartaz
Uma gaita e um violão

Triste quadro de pobreza
Cenário desolador...
Mas vos digo, com certeza
Engana-se, quem assim pensou:
É celeiro de riqueza
Pois que abriga um grande amor

É lá que mora o João
Vaqueiro bom e afamado
Que teve o seu coração
Pela Sofia enlaçado
E vivem nesse fundão
Um amor abnegado.

(Socorro Melo)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MUTISMO

Imagem do Google


Quanto mais eu me aproximo
Mais longa se faz a distância
Mais cresce no peito a ânsia
E tanto mais desanimo...

Quão tortuosos caminhos
São esses que eu percorro
Por vezes vislumbro socorro
Em nuances de carinhos

Mas quando a palavra impera
Tal qual açoite cortante
Deixa mágoa lancinante
E a distância então prospera

Palavras que não são ditas
Divagam no céu da mente
E machucam cruelmente
Remoendo a vã desdita

Acorrento a minha voz
Num mutismo exacerbado
E o coração mutilado
Chora a sua dor atroz

(Socorro Melo)



terça-feira, 6 de setembro de 2011

CANTADORES DE REPENTE


Imagem do Google



 
Olá, gente!

Sexta-feira próxima passada, dia dois de setembro, assisti ao Festival “Encontro dos Campeões do Repente”, que se realizou no Teatro Difusora, aqui em Caruaru.
O Repente é uma tradição folclórica brasileira cuja origem remonta aos trovadores medievais. Especialmente forte no nordeste brasileiro, é uma mescla entre poesia e música na qual predomina o improviso – a criação de versos “de repente”. (Tudolink.com).
Não sei exatamente quem promoveu o evento, por certo a Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, mas, queria registrar a minha homenagem pelo esforço dos organizadores, e conseqüentemente pelo sucesso alcançado.
Participaram da disputa cinco duplas de renomados repentistas de vários estados do Nordeste, que encantaram a platéia com seus versos.
Na abertura, a grande surpresa, a participação do famoso poeta, repentista e escritor, Oliveira de Panelas, um dos monstros sagrados da cultura popular nordestina.

Deixo-vos um poema de Oliveira de Panelas:


Nunca Transforme em Vermelho
O Sinal Verde da Vida


Oliveira de Panelas


É louvável quem respeita
Os sinais de advertência
Se a esquerda é preferência
Nunca passe pra direita.
A estrada não foi feita
Pra ser pista de corrida
Ao cruzar a Avenida
Mire-se bem neste espelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.


Repare bem o motor,
Viaje com confiança,
O cinto de segurança
Coloque pra onde for,
Examine o extintor,
Se a carga está vencida,
Não se torne um homicida
Por causa deste aparelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida


Não dirija embriagado,
Evite a fatalidade,
Não corra em velocidade,
Nunca viaje drogado,
Se caso estiver cansado,
Tente achar uma dormida,
Evite numa batida
Ferir mão, braço e joelho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.

No congestionamento,
Nunca perca a esportiva,
Dirija na defensiva,
Fique atento ao movimento,
Cuidado como cruzamento
Olhe a faixa proibida,
É grande quem não liquida
Sequer a vida de um coelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.

Prossiga a viagem em paz,
Seja feliz no retorno,
Jamais tente com suborno
Comprar os policiais,
Pois um suborno não faz
A vida restituída
Depois da vida perdida
É tarde, não há conselho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.


Namasté :o)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

RETRATO DE UM MUNDO GLOBALIZADO



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Olá, gente!

Desejo a todos um ótimo fim de semana. Fiquem com Deus. Descansem, divirtam-se, respeitem o próximo e a si mesmos.

Deixo pra vocês uma historinha que achei bem interessante. Espero que gostem.

O ratinho estava na toca, e do lado de fora o gato:- MIAU, MIAU, MIAU

Depois de várias horas e já com muita fome o rato ouviu:

- AU! AU! AU!

Então, ele deduziu: “Se tem cachorro lá fora, o gato foi embora.” Saiu

disparado em busca de comida. Nem bem saiu da toca, o gato CRAU!

Inconformado, já na boca do gato, perguntou:

- Pô gato!!! Que palhaçada é essa, você latindo???

E o gato respondeu:

Hoje, nesse mundo “globalizado” quem não falar pelo menos

2 idiomas MORRE DE FOME!


Namasté!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A ESTRELA DE MARIAH - CONTO

Imagem do Google
                                                      

Mariah era sonhadora! Ficava horas a fio perdida em seus pensamentos... Imaginava-se em imensos castelos medievais, como uma linda princesa, de cabelos dourados, presa na torre mais alta, a espera do príncipe... Ou, se via como uma sereiazinha, encantadora, que sentava numa pedra, à beira-mar, todas as manhãs, para pentear suas negras madeixas...

Entanto, sua grande atração era as estrelas, que exerciam sobre ela um enorme fascínio. Mariah, todas as noites, debruçava-se sobre a janela e as observava, uma a uma, tantas quantas coubessem no seu campo de visão, e ficava inebriada com a beleza dos pontinhos luminosos...

Tinha doze anos, e era a filha mais velha de uma família de cinco crianças.

De uma feita, a menina percebeu um forte brilho no céu, e dirigiu seu olhar para aquela estrela, que ela considerava nova, pois nunca a havia observado. Era tão fulgente, e parecia avermelhada...

Nos dias seguintes, aquela estrela continuava lá, e parecia a Mariah, que ela se avolumava a cada dia.

A menina começou a inquietar-se com aquela estrela, que parecia estar viva, pois, ao seu ver, ela se movimentava. E toda noite a analisava com admiração e medo. A estrela se agigantava, cada vez mais, imprimindo-lhe um grande pavor.
- Será que ela vai se transformar numa bola de fogo? – pensava Mariah – E depois nos arrebatar, assim como arrebatou o profeta Elias? - Ou será que vai atear fogo à Terra?
E, o medo crescente, foi invadindo seus pensamentos, de tal sorte que já não mais conseguia apreciar as estrelas com prazer, como fazia antes, sem esbarrar naquela que ameaçava destruir o mundo.

Quando a noite chegava, Mariah deitava-se em sua pequenina cama, e dava asas à imaginação. – O que nos acontecerá, meu Deus? Qual o significado dessa estrela? Será que o mundo vai acabar? Por que tem que ser assim? Quero tanto viver mais, e aprender do mundo... Por que? Por que? Por que?

O medo de Mariah escapara do seu controle. Já não conseguia pensar em mais nada, a não ser na estrela brilhante e avermelhada. Não tinha ânimo para brincar, e denotava sinal de tristeza. Mas, ninguém sabia, que o verdadeiro motivo da tristeza de Mariah era aquela estrela, que se esparramava no céu tão ameaçadora... E ela não conseguia contar pra ninguém, era o seu grande segredo... Ninguém poderia saber que o fim estava próximo, e que aquela estrela era um disco voador, e que todos poderiam ser abduzidos e levados a outro planeta, ninguém, só ela, Mariah, deveria suportar tanta agonia. E ela sofria tanto com isso...

Sua mãe, percebendo-lhe o retraimento, começou a se preocupar. E indagou da menina, com muita delicadeza, sobre o que se passava em sua cabecinha. Percebia-a muito quieta, cabisbaixa, desanimada...

- Que ocorre, Mariah, por que tanta tristeza?

- Não é tristeza, mãe, é só... Só...

- Medo? De que? – perguntou a mãe.

- Como sabe que é medo?

- Eu conheço você, minha filha. O que lhe assusta?

- Mãe, a senhora gosta de estrelas?

- Gosto. São bonitas. Por que?

- Nada. É que elas são tão diferentes, não é?

- É sim, como as pessoas. Há estrelas grandes, pequenas, brilhantes...

- Será que existe alguma vermelha?

- Sim, existe.

- Mesmo? E elas podem crescer?

- Podem. Há um período, no tempo, quando a Terra faz um determinado movimento, que elas ficam mais próximas de nós, e parece que cresceram, diante de nossos olhos, mas, não é nada disso, é apenas a posição em que elas se encontram em relação à Terra...

Mariah, de olhos arregalados, semblante suavizado pelo alívio que começava percorrer-lhe, correu e enlaçou a mãe num abraço, beijou seu rosto, e puxou-a pela mão até à janela, e apontando para o céu, perguntou:

- Igual aquela? – E naquele momento, a estrela não parecia mais tão ameaçadora...

- Sim, igual aquela, disse a mãe, sem entender nada, mas, ao mesmo tempo, suspeitando que aquela estrela poderia ser o motivo da tristeza da menina.

E Mariah, sorridente, beijou novamente dona Júlia, dizendo:

- Mãe, você salvou o mundo! E saiu correndo para brincar na rua, coisa que há dias não fazia, com medo da estrela.
Dona Júlia, satisfeita, entendeu o drama da filha, pois, aprendera a observá-la, e sabia como era sensível, e como se deixava levar pela imaginação, que tanto podia elevá-la às alturas, quanto prostrá-la no abismo... Não salvara o mundo, mas, salvara sua doce menina, dos fantasmas que passeavam em sua mente. E da janela, vendo Mariah a correr com seus amiguinhos, e a acenar para ela, com sorriso nos lábios, pensou:

- Só mesmo amor, é capaz de salvar o mundo...