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A vida é cheia de altos e baixos, mas, nem por isso deixa de ser bela. Nos momentos alegres devemos agradecer a Deus, e nos momentos tristes clamar a Deus, e Ele atravessará conosco o vale da sombra da morte, como bem diz o salmo 23. Há exatamente 14 anos atrás, dia 05/05/1996, vivi um momento ímpar, tão doloroso, que na verdade não tenho palavras pra descrever, e creio ter sido o pior da minha vida, sem sombra de dúvidas. Foi quando quase perdi meu filho. Na época, ele tinha quatro anos, era véspera do seu aniversário. Começou com uma dor de barriga normal, e culminou numa cirurgia para retirada do apêndice. Parece simples, mais não foi. Até se descobrir qual era o problema, vi meu filho se esvaindo, se contorcendo de dor. Depois da cirurgia, houve umas complicações: aderência nas alças intestinais e inflamação da cavidade abdominal, o que provocou obstrução e teve que se fazer nova cirurgia. Houve um momento de grande desespero, em que eu já não sabia mais o que fazer, sentia-me impotente. Ajoelhei-me no quarto, com o rosto banhado em lágrimas, o coração dilacerado pelo medo e pela angústia, e me rendi diante de Deus. Entreguei meu filho nas mãos Dele e disse: Senhor, tudo o que está ao meu alcance tenho feito, sinto-me perdida, sem saber que mais posso fazer. Eu o entrego em tuas mãos, ajude meu filho ..., e saí às pressas, mais uma vez, para o Hospital. Em menos de 30 dias foram duas cirurgias (e quase que acontece uma terceira), e um sofrimento terrível e constante. Passamos quase um mês hospitalizados, eu, meu marido e nosso filho, porém, a partir do dia que supliquei a Deus por meu filho, ajoelhada no quarto, as coisas começaram a melhorar e com poucos dias voltamos pra casa, numa cura que creio firmemente ter tido a mão de Deus. È horrível a rotina de um hospital, o medo, as incertezas, o desespero, a impotência, são os companheiros de todas as horas. O trauma foi tão grande que nunca consegui superar, pois, basta ouvir a sirene de uma ambulância que vem à tona todo o trajeto que percorri em estado de choque e de desespero, quando removia meu filho de um hospital para outro. No entanto, esta experiência me ensinou muitas lições de vida, pois, além de considerar um verdadeiro milagre o que Deus nos concedeu, a cura do meu filho, tive a ajuda, o carinho e a presença de tanta gente que me ouvia, me acalmava, rezava comigo, e depois do caso passado agradeceram a Deus conosco.
Jamais esquecerei a disponibilidade do Sr. Gena que tanto nos ajudou, da minha amiga Carmem (de Maceió) que me ofereceu sua casa e seu ombro amigo, e da dedicação e cuidados do Dr. Walter Filho (cirurgião pediátrico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió/AL), dos amigos e familiares.
“ Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.” Confúcio.
4 comentários:
Oi Socorro, vim aqui te agradecer o comentario sobre meu post, apesar de já ter te respondido lá tb, mas achei que te devia essa gentileza...e vi esse trauma que sofreu...que coisa ein menina? imagino o que sofreu...ai filhos se sofre a vida toda por eles...mas que bom que tudo deu certo!.beijo grande!
Aii Socorro, que história triste, doeu meu coração!
Ainda bem que temos um Deus que podemos confiar, nosso refúgio e fortaleza!
beijos
Essas peças que a vida nos prega realmente são terríveis. Bom mesmo é quando saímos com êxito delas. Muito emocionante a sua história, quem tem filho, certamente, sabe o que você passou.
Beijos pra ti!
Ótima quinta!
OLÁ SOCORRO.
Antes de mais quero agradecer suas visitas no meu espaço.
Depois de ler o que escreveu não posso deixar de lhe dar algumas palavras de conforto, até porque a tempestade já passou, mas para passar esse trauma que ainda tem.
Por vezes amiga a vida é muito cruel mas você teve força e entregou-se á fé e é basiada nessa fé que tem que ter força e seguir em frente, Deus é grande evai tudo sempre correr bem, temos que ter sempre mas sempre pensamentos positivos.
Beijinhos e fortes abraços para toda a familia
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