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A professora *Duda, uma jovem educada e gentil, prestou concurso público para o cargo de professora em Caruaru, e foi aprovada. Alguns meses depois foi nomeada, e designada para exercer suas atividades em um bairro muito pobre e muito violento. A princípio ficou assustada e pensou até em desistir, mas, por necessidade, resolveu encarar. Até então, Duda havia trabalhado com educação infantil, apenas na rede particular de ensino. Seria uma experiência diferente, pensou (e como foi). Quando começou o ano letivo, e Duda começou lecionar na escola pública, percebeu de cara que a nova realidade era bem diferente de tudo que conhecia, devido as condições precárias da escola, do bairro e daquela gente tão sofrida. Algumas crianças eram educadas e aplicadas, outras, mau comportadas, e ainda outras, verdadeiros capetas em forma de gente. Duda comentou que era comum as crianças, na escola, apontarem outras, como filhos de bandidos reconhecidamente perigosos da área, e demonstrarem até certo respeito por elas. Certa feita, o *Bio, aluno de Duda, um dos capetas de carteirinha, extrapolou sua cota de indisciplina e mau comportamento, e Duda enviou um comunicado para os seus pais. Na verdade, nem esperava que atendessem, pois, normalmente, os pais daquelas crianças não atendiam os chamados da escola. No dia seguinte, quando Duda já iniciara sua aula, a mãe de Bio apareceu na escola, e adentrou a sala de aula, sem sequer cumprimentar a professora. Dirigiu-se a carteira de Bio, seu filho, e o arrastou pelos cabelos, e começou a bater-lhe impiedosamente. Enquanto a mãe enfurecida batia, resmungava que aquilo era pra ele aprender a nunca mais desobedecer a professora. Duda ficou entre apavorada e horrorizada, vendo aquela cena grotesca se desenrolar à sua frente. Correu em socorro de Bio, tentando conversar com aquela mãe descontrolada. A cena chamou a atenção de toda escola, e as crianças se aglomeravam na porta da sala, umas assustadas e outras divertidas com a situação. Resultado: Bio, envergonhado, deixou de freqüentar a escola, e Duda, indignada, sentiu-se com a consciência pesada por ter enviado aquele comunicado. E eu, chocada com essa história, fiquei a pensar: O que levaria uma mãe a agir dessa maneira com seu filho? Será que o mal comportamento de Bio não seria reflexo dessa violência? E a professora Duda, errou em cumprir seu dever? Não seria a mãe de Bio também uma vítima da miséria e da violência? E o amor maternal? E vocês, o que acham?
* Nomes fictícios.
Um comentário:
É uma situação complicada, dificil de se entender, uma mãe que usa a violencia contra o proprio filho,,isso ao certo não é educar.....um beijo de otima noite pra ti amiga.
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