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HOMENAGEM A JOSE SARAMAGO
O mundo das letras sofre uma grande baixa. Nos acréscimos do segundo tempo da vida, o craque mor, que batia um bolão nos tapetes brancos, demarcados por parágrafos, frases, contos e romances, leva um cartão vermelho, sai de cena e vai para o chuveiro mais cedo, mas, com o dever cumprido de ter emocionado platéias de ter brincado nas onze gramaticamente falando e ter batido com as duas pernas, quer no português luso ou tupiniquim.
Quem lê suas obras entende que a literatura portuguesa é como uma partida de futebol entre Brasil e Argentina, quando a gente ganha de uns quatro a zero, é emoção pura e apaixonante, não tem tristeza que resista. Uma boa obra literária é como um bom jogo, nos sara de tudo que é mazela, ficamos leves, flutuamos logo em seguida...
Dentre os craques da língua portuguesa como: João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar, Arnaldo Jabor, Fernando Pessoa e outros contemporâneos, ele dava show, batia de três dedos, ganhou o maior troféu que alguém pode receber, nada mais nada menos que o Nobel de literatura. Atuava tanto no ataque como na defesa da sua língua.
No entanto, eu ouso perguntar citando uma frase do não menos craque, o fenômeno Carlos Drummond de Andrade, “E agora José Saramago? José para aonde?”. Acredito que só resta esperar o julgamento da expulsão no Superior Tribunal e torcer que a punição, se houver, lhe seja leve, onde o maior Juiz dará o veredicto, juiz este, que sequer você acreditava ao longo das partidas vividas. Que ironia, aquele que seria apenas o filho carpinteiro, e carpinteiro também, dirá efetivamente em que tipo de gramado você atuará daqui para frente.
Boa sorte Pelé das letras.
“O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas”. José Saramago.
Autoria: Leidson Santana
Um comentário:
Triste perda!
beijos
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