Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MONÓLOGO

             Imagem do Google

              Oi, gente!

              Tô viva! Ai, mas estou atolada de serviço, até a raiz dos cabelos... Espero que na próxima semana  tudo volte ao normal, e possa retomar as visitas... Me aguardem... Que saudade!
             Como diz a amiga Leci Irene, é semana de fechamento da CÃOTABILIDADE, com algumas inovações, mudanças, e  pequenos transtornos... pra variar.
             Deixo-vos um singelo poeminha:             


MONÓLOGO
Quero ser eu mesma, só por um instante!
Retirar a máscara que me cobre a cara
Jogar fora as vestes, e bem confiante
Me lançar do palco, que a vida me ampara.

Cansei da platéia, da luz, do cenário...
Não quero os aplausos, nem mesmo os papéis...
Papel principal, e mesmo ordinário
Nem script, nem flores, nem mesmo os lauréis.

Só por um instante, não quero ser nada:
Nem mesmo a esposa, ou a mãe dedicada...
Só quero ser eu... Esquecer da atriz...

Só por um instante, de cara lavada...
Viver um monólogo... Compenetrada
E me resgatar... E me congraçar... Para ser feliz.

Por Socorro Melo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

AS MINHAS ILUSÕES - FLORBELA ESPANCA


Pôr do Sol em João Pessoa - PB - Brasil


As minhas ilusões


Hora sagrada dum entardecer
De outono, à beira mar, cor de safira,
Soa no ar uma invisível lira...
O sol é um doente a enlanguescer...

A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!

O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
À flor das ondas, num lençol de espuma.

As minhas ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urnas de oiro,
No mar da Vida, assim... uma por uma...
Florbela Espanca

Desejo aos meus amigos e seguidores, um fim de semana de muita paz! Mui grata por virem aqui! :o)





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

OPÇÃO PELO PRESENTE


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De que vale ganhar o mundo inteiro e arruinar a vida? Essa indagação, do livro de Mateus no Novo Testamento, merece estar sempre diante dos olhos como um lembrete sobre o que realmente deve ser prioridade na vida.

Em tempos de ambições desmedidas e busca do sucesso e satisfação a qualquer preço, é essencial questionar-se sobre quais valores e princípios estão guiando as decisões tomadas nas esferas pessoal, familiar, profissional e social.

É preocupante perceber o quanto as pessoas andam frustradas, ansiosas, fatigadas e até deprimidas por ainda não terem atingido algum objetivo de vida! Fica a sensação de que a vida não existe enquanto a meta que se almeja não é conquistada. E passam-se dias, meses e anos de angústias e decepções por um futuro que nunca chega.

Enquanto se aguarda o dia de amanhã, deixa-se de viver profundamente o momento presente, com todas suas oportunidades, alegrias, recompensas e desafios.

Vive-se hoje em uma sociedade emocional e espiritualmente doente. A supremacia do ter vai gradualmente corroendo as virtudes transmitidas pelos livros sagrados das tradições religiosas.

O egoísmo e a individualidade são os novos valores grandemente exaltados pela propaganda e pelos inúmeros e degradantes programas de televisão que desprezam por completo qualquer noção que ainda se tenha de dignidade e respeito ao próximo.

Parece que todos são incapazes de viver com simplicidade. Não se encontra mais satisfação em viver apenas com aquilo de que realmente se precisa. O caminho é sempre buscar mais.

Já não basta concluir uma graduação; é necessário colecionar novos e diversificados diplomas. Muitas vezes sem propósito definido que não outro que contentar o ego ou exibir-se em seu meio. Uma casa ou apartamento também não é mais suficiente para abrigar a família. Deseja-se ter mais uma propriedade no campo ou na praia. Em cada residência é preciso que se tenha mais de um aparelho, último modelo, de TV, equipamento de DVD, e outros mimos eletrônicos. O telefone celular transformou-se em objeto de desejo de crianças e adolescentes, num inquietante exibicionismo.

E para possuir tudo isso e muito mais, as pessoas deixam de conviver, de desfrutar da família, dos amigos, da natureza. Utilizam as horas disponíveis para estudar e trabalhar compulsivamente para chegar ao futuro sonhado. E, muitas vezes, nesse caminho esquecem do que é mais importante, do que realmente vale a pena. Deixam passar, sem saber, talvez os instantes mais importantes da vida, sem conhecer a verdadeira riqueza que é optar por viver conscientemente o momento presente!

Ana Emília Baracuhy Cavalcanti

terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM CHÁ DE BELEZA

A espantada aí, sou eu gente... Aff! rsrs


Olá amigos e leitores!

Sábado, próximo passado, fui ao chá de fraldas da amiga Liliane, a madrinha deste Blog. Pois é, a Lili está grávida de novo, rsrs
Foi uma tarde pra lá de divertida... A Liliane nos surpreendeu com os seus dotes artíticos. Fez tantas coisas lindas e gostosas...
Parabéns, amiga! O chá foi sensacional! Que  Deus esteja contigo, e que a chegada de Alice seja bem abençoada.






BEM VINDA, ALICE!

Eu estou sendo esperada
Com muito amor e carinho
E o dia da minha chegada
Se aproxima de mansinho

A mamãe muito prendada
Deu um chá pras amiguinhas
E numa tarde animada
Todas levaram fraldinhas

Houve muitas brincadeiras
Muitos risos e alegria
E a mamãe bem faceira
Distribuiu simpatia




A festa foi decorada
De lilás, branco e rosinha
Ficou muito delicada
Digna de uma menininha

A mamãe fez coisas lindas
Com a ajuda da titia
E as amigas bem vindas
Elogiaram a harmonia

Teve bolas e bonecas
E curiosas prendinhas
E a mamãe bem sapeca
Virou uma palhacinha

Até bolo confeitado
Foi servido nesse chá
Com meu nome desenhado
Para a vida celebrar

Papai não estava lá
No clube da Lilizinha
Homem não gosta de chá?
Ou chá é só pra mocinha?

Eu já estou encantada
Por ter tão bela família
Que me aguarda a chegada
No mundo das maravilhas

Sou uma linda criança
Sou ternura, sou meiguice!
Sou pro mundo a esperança
Olá todos! Eu sou Alice.

Socorro Melo (Tia Côca)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BCFV - MORTE


Este texto é parte integrante da Blogagem Coletiva Fases da Vida, idealizada pelas amigas:

Rosélia do http://espiritual-idade.blogspot.com/
Gina do http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/
Rute do http://publicarparapartilhar.blogspot.com/


TEMA: MORTE

Estou aqui, meio sisuda, meio sem graça, e sem saber por onde começar, pra falar de um assunto que tenho dificuldades...
Bem, enfim, morro de medo de morrer...rsrs
Mas, já que não tenho como reverter essa situação, ou seja, já que não tenho como não morrer, o melhor é ir me acostumando com a idéia, e ir me preparando para o grande dia... GRANDE? É, eu acredito na vida após a morte, e isso é um grande acontecimento, pois sem a morte, nada de vida eterna não é mesmo?
Quando falo sobre este assunto, a morte, me vem à mente duas coisas:
A primeira é uma frase, da qual desconheço o autor, que diz assim: “Não é que eu tenha medo de morrer, eu só não queria estar lá quando isso acontecesse...” Hilário, não? rsrs
A segunda é uma lembrança da infância. Numa aula de catecismo, a catequista nos disse que, tudo que pedíssemos a Deus com fé receberíamos... Mas, frisou que nosso pedido deveria ser consistente, e que não deveríamos pedir absurdos, como, por exemplo, pedir pra não morrer... Fiquei arrasada, pois, era justamente este o pedido que eu já me preparava pra fazer, rsrs
O que me amedronta, quando penso na minha própria morte, é o sofrimento físico. Não penso no que vem depois, com o que vou me deparar, pra onde vou... Nada disso... Penso na agonia, na dor, no sofrimento, causados pela falência dos órgãos... Ui!
Para onde vou, pois acredito que a vida é sublime e grandiosa demais, e não se resume apenas ao que vivemos aqui, penso muito pouco. E quando penso, me sinto confortável, pois a minha fé, é num Deus muito poderoso e sapiente, e que governa com amor... Portanto, eu vou para onde for determinado por Ele, assim como vim parar aqui, e gostei... rsrs
Entretanto, quando penso na morte das pessoas que amo, fico desnorteada, pois, além de pensar no sofrimento que elas vão passar, penso também no que a ausência delas vai significar para mim... Aliás, eu nem gosto de pensar nisso, pois, já me dá um pavor e os olhos marejam...
Confesso, não estou preparada pra isso não. Será que alguém se prepara? O nosso instinto de sobrevivência é forte demais, influi muito, e o meu, sei não, acho que é anormal, rsrs
Eu queria ser forte, encarar melhor a idéia da morte, me preparar melhor... Até que já melhorei bastante, pois, tempos atrás eu nem estaria dissertando sobre este assunto.
Minha mãe tem setenta e seis anos, é saudável, cheia de vida, e é bem consciente. Ano passado ela comprou um terreno no cemitério, para construir o jazigo da família, e fez também um plano de assistência familiar, que cobre todas as despesas funerárias dos associados. No início, nós (os filhos) reclamamos com ela, dissemos que isso era um mau agouro, que não era saudável ficar pensando em morte, mas, como não houve jeito de dissuadi-la, acabamos nos acostumando. Coisas da mamãe! Hoje até já brincamos com o assunto, sobre quem vai inaugurar a propriedade (rs)... Mas, no frigir dos ovos, a única certeza que temos na vida, é a da morte.
Admiro tanto as pessoas que encaram a morte com coragem, apesar da dor e do sofrimento, e às vezes ainda confortam os outros... Aprendi que devemos orar, inclusive por uma boa morte, e sempre faço isso, pois, é uma bênção se entregar em paz nos braços de Deus.
Bem, mas, já que não há outro jeito, e não tenho mesmo como driblar a morte...
Vou ter que ir, não é, gente? Ai, meu Deus! Só espero que essa distância que me separa dela, esteja sendo contada em anos-luz...

Vejam o poema que fiz, sobre este assunto:

AMANHÃ

Sou hóspede do tempo... Gentil passageira
E um dia por certo, terei que ir embora...
Por isso, à vida, eu canto agora!
Pois quem sabe a morte, bem logo me queira...

Mas antes eu quero, me encher de alegria...
Correr pelos prados, na relva deitar...
E pelas estradas, a esmo andar...
Ao sabor da brisa ou da ventania

Guardar do amigo o abraço sincero
E o sorriso mais doce do filho querido
O olhar mais ardente e comprometido
Do meu grande amor... É isso que quero.

Amanhã minha voz não mais se ouvirá
E haverá só silêncio em torno de mim
E uma grande quietude, por dias sem fim...
E meus passos o chão não desenhará

Quero, pois à vida poder celebrar...
Fazê-la intensa, fecunda e repleta...
E deixar meus versos, pois sou poeta,
Quando eu me for, pra não mais voltar...

(Socorro Melo)

Obrigada por virem aqui!

Hoje estou muito atarefada, não sei se vai dar para fazer as visitas, mas, a partir de amanhã, se Deus permitir, visitarei a todos, ok? Um grande abraço!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CORDEL: JOÃO E SOFIA


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Numa casinha singela
Feita de taipa de mão
Vêem-se flores na janela
Alecrim, manjericão
E uma cortina amarela
Oscilando num varão

No alpendre balançando
Uma rede de algodão
Que devagar vai roçando
O velho cepo no chão
E num prego descansando
Chapéu de couro e gibão

Conforto lá não existe
Tudo é modesto e rude
Mas ninguém por lá é triste
Essa é a grande virtude
E assim se subsiste
Vivendo em solicitude

Uns tamboretes na sala
E um velho lampião
Uma esteira e uma mala
E um radinho de mão
Uma pistola sem bala
Metida num matolão

Enxada, foice e machado..
A um canto de parede
Pote de barro pintado
Com água fresca pra sede
Chapéu de palha listrado
Sobre um armador de rede

Um candeeiro a gás
Colchão de palha e pilão
Moinho de pedra capaz
De triturar muitos grãos
E sobre um velho cartaz
Uma gaita e um violão

Triste quadro de pobreza
Cenário desolador...
Mas vos digo, com certeza
Engana-se, quem assim pensou:
É celeiro de riqueza
Pois que abriga um grande amor

É lá que mora o João
Vaqueiro bom e afamado
Que teve o seu coração
Pela Sofia enlaçado
E vivem nesse fundão
Um amor abnegado.

(Socorro Melo)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MUTISMO

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Quanto mais eu me aproximo
Mais longa se faz a distância
Mais cresce no peito a ânsia
E tanto mais desanimo...

Quão tortuosos caminhos
São esses que eu percorro
Por vezes vislumbro socorro
Em nuances de carinhos

Mas quando a palavra impera
Tal qual açoite cortante
Deixa mágoa lancinante
E a distância então prospera

Palavras que não são ditas
Divagam no céu da mente
E machucam cruelmente
Remoendo a vã desdita

Acorrento a minha voz
Num mutismo exacerbado
E o coração mutilado
Chora a sua dor atroz

(Socorro Melo)



terça-feira, 6 de setembro de 2011

CANTADORES DE REPENTE


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Olá, gente!

Sexta-feira próxima passada, dia dois de setembro, assisti ao Festival “Encontro dos Campeões do Repente”, que se realizou no Teatro Difusora, aqui em Caruaru.
O Repente é uma tradição folclórica brasileira cuja origem remonta aos trovadores medievais. Especialmente forte no nordeste brasileiro, é uma mescla entre poesia e música na qual predomina o improviso – a criação de versos “de repente”. (Tudolink.com).
Não sei exatamente quem promoveu o evento, por certo a Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, mas, queria registrar a minha homenagem pelo esforço dos organizadores, e conseqüentemente pelo sucesso alcançado.
Participaram da disputa cinco duplas de renomados repentistas de vários estados do Nordeste, que encantaram a platéia com seus versos.
Na abertura, a grande surpresa, a participação do famoso poeta, repentista e escritor, Oliveira de Panelas, um dos monstros sagrados da cultura popular nordestina.

Deixo-vos um poema de Oliveira de Panelas:


Nunca Transforme em Vermelho
O Sinal Verde da Vida


Oliveira de Panelas


É louvável quem respeita
Os sinais de advertência
Se a esquerda é preferência
Nunca passe pra direita.
A estrada não foi feita
Pra ser pista de corrida
Ao cruzar a Avenida
Mire-se bem neste espelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.


Repare bem o motor,
Viaje com confiança,
O cinto de segurança
Coloque pra onde for,
Examine o extintor,
Se a carga está vencida,
Não se torne um homicida
Por causa deste aparelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida


Não dirija embriagado,
Evite a fatalidade,
Não corra em velocidade,
Nunca viaje drogado,
Se caso estiver cansado,
Tente achar uma dormida,
Evite numa batida
Ferir mão, braço e joelho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.

No congestionamento,
Nunca perca a esportiva,
Dirija na defensiva,
Fique atento ao movimento,
Cuidado como cruzamento
Olhe a faixa proibida,
É grande quem não liquida
Sequer a vida de um coelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.

Prossiga a viagem em paz,
Seja feliz no retorno,
Jamais tente com suborno
Comprar os policiais,
Pois um suborno não faz
A vida restituída
Depois da vida perdida
É tarde, não há conselho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.


Namasté :o)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

RETRATO DE UM MUNDO GLOBALIZADO



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Olá, gente!

Desejo a todos um ótimo fim de semana. Fiquem com Deus. Descansem, divirtam-se, respeitem o próximo e a si mesmos.

Deixo pra vocês uma historinha que achei bem interessante. Espero que gostem.

O ratinho estava na toca, e do lado de fora o gato:- MIAU, MIAU, MIAU

Depois de várias horas e já com muita fome o rato ouviu:

- AU! AU! AU!

Então, ele deduziu: “Se tem cachorro lá fora, o gato foi embora.” Saiu

disparado em busca de comida. Nem bem saiu da toca, o gato CRAU!

Inconformado, já na boca do gato, perguntou:

- Pô gato!!! Que palhaçada é essa, você latindo???

E o gato respondeu:

Hoje, nesse mundo “globalizado” quem não falar pelo menos

2 idiomas MORRE DE FOME!


Namasté!