Budapeste
Na minha idade, foi, de fato, um grande desafio: viajar por vários dias com apenas um casaco, duas toucas, um tênis e poucas roupas numa mochila, num fim de outono na Europa quando o frio já é bastante acentuado.
Levei do Brasil uma mala enorme, contendo muito mais do que iria precisar, e que de fato não precisei. Na primeira etapa da viagem carreguei comigo apenas uns vinte por cento dos meus pertences e me aventurei ao lado do filho e da nora, dois jovens com muita disposição para explorar cada recanto, daquelas cidades que visitamos: Praga, Viena e Budapeste.
A experiência foi incrível, e pude perceber que sou capaz de sobreviver (risos) com apenas o que cabe numa pequena mochila. Estive aquecida, confortável e leve.
Visitamos todos os principais pontos turísticos dessas cidades: Igrejas, museus, castelos, palácios, parques, jardins, restaurantes, Ópera, etc.
Não dá para descrever a beleza do que vi. Não dá para registrar a emoção que senti. O outono torna ainda mais bonita e misteriosa toda a Europa. Os rios, sob pontes históricas, deslizam majestosamente nos seus leitos, ornando as cidades e atraindo os olhares, tais como, a linda Praga pelo rio Moldava, Viena e Budapeste pelo rio Danúbio.
Que emoção conhecer o Danúbio, imortalizado por Strauss em, O Danúbio azul, que em Viena o vi vestido de verde, mas de um azul cintilante em Budapeste.
Conhecer a Ópera foi o ponto alto e assistir à peça "La Italiana em Algerin" foi a realização de um sonho.
A história da Áustria estava bem fresca na minha cabeça, pois,havia estudado um pouco antes de viajar, bem como vi o filme "Sissi, a imperatriz da Áustria". Tive o prazer de conhecer o palácio de verão dos Habsburgos e vi de perto o universo em que viveu a Sisse, que se tornou tão querida pelo seu povo, e também pelos turistas (risos).
Budapeste foi uma surpresa. Gostei da mistura da arte e costumes orientais. Em Budapeste, o que mais me impressionou foi a Igreja Matias e o bastião dos pescadores, além da bela vista da cidade cortada pelo Danúbio.
Nada neste mundo paga, a riqueza do que uma viagem é capaz de trazer, para o nosso aprendizado e deleite.
Feliz é pouco para descrever os meus sentimentos. Gratidão é o máximo que posso sentir para dizer a Deus o quanto valeu esse presente.
Alguém já dizia que, viajar é trocar a roupa da alma. E confesso que sou vaidosa neste sentido, pois, gostaria de trocá-la muitas e muitas vezes.
Um grande abraço!
Socorro Melo