Da pesquisa que fiz, aprendi que raiva é uma emoção, por ser mais amena e ódio é um sentimento, por ser mais intenso. Ambos são sentidos quando nos confrontamos com injustiças, indignação e contrariedades de toda sorte, e se manifestam como sinal de protesto.
Médicos e especialistas declaram que sentimentos e emoções violentos, como raiva e ódio, são prejudiciais à saúde, uma vez que causam alguns distúrbios de função e lesões, e são responsáveis por doenças nervosas e do trato intestinal, entre outras.
Em crises de raiva e ódio, o organismo despende grande quantidade de energia, e há um transtorno que é perceptível no semblante duro e impassível do raivoso, nas narinas afrontadas e nos olhos que adquirem uma expressão animalesca, por vezes assustadora, e todo corpo sente o desequilíbrio.
A raiva é entendida também como um instinto natural de defesa. E neste caso pode até ser benéfica, pois, propicia uma coragem súbita que permite o enfrentamento de adversidades de forma enérgica, firme e implacável, quando há situações de riscos e injustiças.
A raiva e o ódio liberam a fera que existe em nós. Nos arrebatam, nos cegam, e em estado raivoso ficamos desprovidos do controle de nossas emoções, podendo nos tornar agressivos, cruéis e desumanos.
Eu sou muito suscetível a raiva, e me incomodo demais por isso, pois, ante a menor contrariedade, num impulso repentino, sinto-me perder as rédeas. Nesses momentos esbravejo, esperneio, e depois me martirizo, pois, como é um sentimento violento e de fúria, nos minimiza a razão e nos devasta, e só após a retomada do controle tomamos consciência do estrago que nos proporciona.
Comigo acontece uma coisa curiosa: meus ataques de raiva, normalmente, são por contrariedades com situações e não com pessoas propriamente. Diante dos fatos, impulsivamente, me descontrolo, reclamo, falo, ameaço (sozinha). Depois, passo horas sofrendo e me culpando porque não analisei o problema calmamente. Na maioria das vezes, resolvo, posteriormente, com facilidade. Sintetizando: sofrimento desnecessário, doideira mesmo.
Quando a contrariedade envolve pessoas, instintivamente, sou mais cuidadosa. Apesar de me sentir mal com a situação, procuro resolver com diplomacia, sem me indispor com ninguém, mas, sendo bem enérgica.
Meu grande pecado é que quando trata-se de pessoas da família, pela intimidade e liberdade que temos, quando contrariada, solto o verbo, digo o que devo e o que não devo, às vezes sendo até ofensiva, e depois amargo minha imprudência. Porém, quando recobro o controle das emoções, peço desculpas, com palavras e atitudes também. Quanto ao ódio, já senti sim algo intenso, e que deixou mágoas, mas, é caso passado.
A boa notícia é que existe remédio: recomenda-se overdoses diárias de perdão, amor e reconciliação diariamente, por toda vida. A cura é garantida ponto final