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Pegou a rodovia, em direção a uma cidade do interior, que distava cem
quilômetros da capital. A estrada era boa, porém, havia um trecho perigoso
próximo a uma favela da região.
Alfredo, olhos fixos na estrada, e pensamentos pululantes, lembrava de
como tinha sido sua vida, e imaginava como seria dali pra frente, pois, existia
a possibilidade de voltar para o Nordeste, para o sertão de Pernambuco, e viver
na tranqüilidade de um pequeno sítio.
Era motorista há vinte anos. Depois de tanto se sacrificar em atividades
penosas, insalubres e perigosas surgira uma oportunidade de trabalhar como condutor de veículos de uma
grande empresa, e ele abraçara aquela oportunidade com muita determinação.
Havia conhecido Luísa aos 23 anos, e casaram dois anos depois. Luísa era
moça prendada, e tornou-se uma excelente companheira, exímia dona de casa, e mãe dedicada e amorosa. Tiveram dois filhos, dois tesouros, por quem
Alfredo e Luísa se sacrificaram muito, para dar uma boa educação. Investiram
nos estudos, e não só, pois, a preocupação deles, como pais, era com a
transmissão de valores, de virtudes nobres, de sentimentos elevados. E se
sentiam vitoriosos, pois, Arthur e Cíntia, com vinte e sete e vinte e oito anos
respectivamente, corresponderam aos seus objetivos. Eram formados, trabalhavam,
e já haviam constituído suas próprias famílias.
- Missão cumprida - pensava Alfredo.
Ia tão absorto em seus pensamentos, e tão emocionado encontrava-se, que
não percebeu a aproximação do carro branco. De repente, numa fração de segundo,
foi interceptado, de súbito, e teve que frear bruscamente.
2 comentários:
Puxa, um acidente quase ou aconteceu? Vamos vendo! bjs, chica
Meu Deus. Tenho medo de pensar no que vem por aí.
Um abraço
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