O que fiz com a minha liberdade? Sou, de fato, livre?
Quantas vezes me deixei levar por opiniões que não condiziam com as minhas?
Quantas vezes me sujeitei a viver como não quis? Quantas vezes fui vítima da
massificação? Do materialismo? Dos modismos? Quantas vezes não expressei minha
opinião por medo ou por vergonha? Quantas vezes usei máscaras? Interpretei
papéis? Não sou livre apenas porque tenho o direito de ir e vir. Sou livre
quando vivo de forma coerente com as minhas convicções. Sou livre quando não
tenho medo de dizer quem sou, o que penso, e como quero viver, mesmo que para
isso tenha que nadar contra a corrente. Se minto, se me engano, se tento
enganar, não sou livre, decididamente. Penso que toda pessoa humana é escrava
de si mesma, porque toda pessoa humana é egoísta, em maior ou menor grau. E
somente quem ama, de verdade, é capaz de se libertar das correntes. O meu maior
exemplo de liberdade é Jesus. Fico extasiada diante das respostas que ele dava
aos hipócritas, mesmo que fossem seus anfitriões, ou autoridades constituídas.
E não fazia isso por pretensão, mas com autoridade, porque de fato vivia o que
acreditava e pregava. A liberdade interior é sinônimo de autenticidade. Quero
ter consciência plena desta verdade e me empenhar na luta para me libertar,
primeiro, de mim mesma.
Por Socorro Melo
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