Andou em círculos por um bom tempo, sem ter noção de onde ficava a
rodovia, mas, por fim, encontrou. Estava desnorteado, não sabia que lugar era
aquele, e se sentia humilhado por estar seminu. Viu um barzinho à beira da
estrada, com um orelhão defronte, e para lá se dirigiu. Contou toda história,
foi acolhido, conseguiram-lhe uma peça de roupa, e depois de refeito,
dirigiu-se ao orelhão e ligou para Luísa.
Quando ouviu a voz da mulher, as lágrimas brotaram de seus olhos, e os
deixaram embaçados. Foi tomado de grande emoção, e nunca a voz de Luísa lhe
parecera tão doce e tão maviosa aos seus ouvidos. Fez um esforço para recobrar o
controle e disse:
- Luísa, eu estou bem. Vou chegar mais tarde, mas, não se preocupe, estou
bem – e depois de instantes, com o coração aos pulos, disse carinhosamente: eu
te amo.
A vida lhe dera uma nova chance, sentia que nascera de novo, e só
importava ser feliz agora. Viveria cada dia de sua vida como se fosse o último. Era sexta-feira.
No domingo seguinte, Alfredo era só mais um, naquela passarela de peregrinos que conduzia aos pés da mãe Aparecida, para derramar no seu coração misericordioso toda sua gratidão e louvor.
Imagem da Net
FIM
Esta história foi baseada em uma experiência real, vivida por alguém da minha família.
3 comentários:
Gostei muito de acompanhar e tudo descrito rico em detalhes! Que bom acabou bem e agradecer é preciso! bjs, chica
Obrigada por ter partilhado.
Um abraço e bom fim de semana
Bom que houve um final feliz e você soube bem escrever esta história para conosco compartilhar.
Um abraço.
ÉLys.
Postar um comentário